segunda-feira, 18 de julho de 2011

Será contagiosa?

Freitas do Amaral aqui há uns anos adoeceu de uma doença estranha. Após ter sido presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas desatou a ser um anti-americano primário. Assim de repente.

O quadro parecia fazer parte de um problema psicológico mais vasto em que o senhor tentou matar o pai (Marcelo Caetano) e agradar a alguma da mais improvável esquerda (o BE e o Socratismo).

Antes de melhorar completamente vimos Cavaco, filho de um pequeno-rico do Poço de Boliqueime e doutorado numa universidade de segunda ordem em Inglaterra, dar-se a desaforos porque os americanos não o trataram como igual. Ficou vingativo, segundo revelou a wikileaks.

Agora Marcelo surge com uma lógica anti-americana de grande improbabilidade e põe-nos o problema de saber se não estaremos perante um caso de  uma doença infecto-contagiosa. Diz Marcelo, entre outros delirios, que a Moody's atacava a europa e protegia o mundo anglo-saxónico.

Só que a Moody's mandou para o lixo a notação da Irlanda - que Marcelo inclui por superficialidade no dito mundo anglo-saxónico - o que levou Marcelo a concluir que a Moody's ataca a Irlanda para disfarçar a sua paixão pela Irlanda e o resto dos Anglo-Saxões?!
Como a Moody's pôs os Estados Unidos sob observação negativa o bom Marcelo decide que isso é coisa não vista na europa: aqui a Moody's bate primeiro e avisa depois e lá dá-se à gentileza de avisar mas não bater.

Pelo caminho Marcelo finge que Cavaco lixou bem lixado o Obama quando disse uma coisa vagamente patética sobre a força do euro e a fraqueza do dólar.

A Europa - que não é Portugal mas sim outra coisa - caminha para a irrelevância (com a possível excepção do Reino Unido que se atrelou aos Estados Unidos e eventualmente da Alemanha e seus satélites Franco - Checo / Polaco) face ao eixo USA - Ásia (Chinas / India / Japão / Coreia).

É preocupante e se se confirmar espero que surja uma vacina a breve trecho. Alternativamente os Gato Fedorento deviam reeditar o personagem Marcelo explicando o que todos percebem, menos Marcelo.

domingo, 17 de julho de 2011

O PS e a democracia

A falta de democracia interna do PS é um sinal da falta de saúde da democracia portuguesa.

O congresso inspirado na estética nazi que Sócrates organizou para ser coroado por velhos sem dignidade e jovens sem coragem políticas, como Almeida Santos e António Costa e os debates só para militante ouvir que Seguro exigiu são sintomas de um mal maior.

Tendo passado à beira de se tornar no apêndice de uma organização criminosa, o PS dificilmente terá salvação nos anos vindouros.

Em boa verdade só o PSD o poderá salvar.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Piedade?

Sob a batuta de Mário Crespo observei um diálogo entre duas pessoas com perspectivas antagónicas sobre as agências de rating e a economia de mercado em geral.

João Duque versus Octávio Teixeira.

Quem aterrasse em Portugal vindo do mundo germânico, já para não falar no anglo-saxónico, tomaria o diálogo como uma vitória de Octávio. As pessoas de cá sabem que não houve debate porque Duque não leva a sério as opiniões de Octávio.


Octávio é uma pessoa séria e trabalhadora. Tem um problema de sanidade cultural: interpreta o mundo baseado num sonho que teve.

Octávio afirma repetidamente duas coisas contraditórias: que os especuladores que nos emprestam dinheiro ganham muito porque cobram juros altos e no fim acabarão por receber o que emprestam. Depois afirma que Portugal nunca pagará a dívida dados os valores altos dos juros.

Diz que a Moody's quer fingir que Portugal não paga para subir os juros e assim ganhar muito e depois, duma penada diz que não pagaremos e os bancos perderão muito.

Não se percebe nada e ninguém empresta para no fim não receber.

Duque também é uma pessoa trabalhadora e parece sério. Tem um problema de sanidade cultural: entra num debate fingido em que assume uma posição complacente na aparência, um jogo de cortinas e de sombras em que substitui a troca de ideias por teatro.

Portugal é assim. Pessoas com um problema com a verdade ocupam o prime time.

domingo, 10 de julho de 2011

José Gomes Ferreira e as agências Americanas VII

Gostaria por fim que Gomes Ferreira explicasse o seguinte:

#1  Porque é que os jornalistas podem falar livremente e os economistas não?
#2  Como é que sabe quem são os donos dos CDSs se o problema desses derivativos é a sua falta de transparência?
#3  Que provas tem que os peritos da Moody's estão vendidos aos detentores dos CDS?
#4  Se os maus da fita são todos americanos porque é que tanta gente acusa os detentores dos CDS de terem contribuído para a falência do Lehman Brothers?
#5 Se é tão lucrativo levar à falência instituições e bancos porque é que isso não acontece mais frequentemente?
#6 Se o negócio é a falência porque é que os bancos americanos investiram tanto na Grécia, não como detentores de swaps mas como credores ?


Declaração de interesses:
Não sou detentor de CDSs

José Gomes Ferreira e as agências Americanas VI

E se virmos as patentes percebemos o que está a acontecer no mundo das ideias produtivas:

José Gomes Ferreira e as agências Americanas V

Porque a verdade é que o problema de ambos é este:

José Gomes Ferreira e as agências Americanas IV

E isto?

José Gomes Ferreira e as agências Americanas III

Eo que é isto?

José Gomes Ferreira e as agências Americanas II

Se os USA e o Canadá é que estão mal e a Europa é que está bem, o que é isto?

José Gomes Ferreira e as agências Americanas e Canadianas I

Diz Gomes Ferreira:


Pergunto eu:

Se os Estados Unidos e o Canadá não crescem e a Europa está bem o que é isto?



Fonte: FMI

Zona euro versus Mundo

20 anos:  1996 - 2016 (gráfico cortado; fonte: FMI)

Não se preocupem com a escala. Preocupem-se com a falta de crescimento económico.

Uma imagem vale mais que mil palavras mas deixo uma palavra: com a população a envelhecer espera-nos um problema de "sustentabilidade" ?

Crescimento a preços fixos


sábado, 9 de julho de 2011

A Financeirização da economia e a grande crise mundial

Tenho assistido a debates paroquiais em que economistas medalhados debatem os múltiplos aspectos da terrível crise que o mundo atravessa.

Um dos mais curiosos é o perigo da financeirização da economia.

Como não percebo nada fui Googlar sobre a crise mundial.

Eis alguns dados sobre a crise:

Crescimento da zona euro ANTES da CRISE: 0,5%, 1% ao ano.


Crescimento do mundo agora - 2010 -  (em plena "crise"):

MUNDO (sem europa): 5,4%

Algum esquerdista me explica?

O Irrelevante


Vou mandar fazer uma agência de rating independente.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

sábado, 2 de julho de 2011

Inflação no setor dos serviços

Em Nova York.

Quanto terá, no fim de contas, custado a Strauss Kahn o servicinho da camareira?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Modus operandi contra Passos Coelho

Passos esclareceu que pediu aos técnicos do ministério das finanças para lhe dizerem o que havia de fazer para arranjar 2.000 milhões de euros.

Yes Minister?

Modus operandi a favor de Passos Coelho

Em relação ao seu incumprimento da promessa de não mexer no subsídio de Natal Passos tem uma coisa a seu favor: não fez aquela cena Socrática de avisar o corte à queima roupa.

Anunciou-o de forma a que as pessoas pudessem preparar-se com antecedência.