As acusações a Fernando Nobre atingem aspectos fantasiosos. Ouço agora que Fernando Nobre durante a campanha presidencial se pronunciou contra a democracia. Ouço que os outros partidos podem recusar o candidato do partido que ganhou as eleições mas que seria perigoso que o PSD recusasse os vice-presidentes dos outros partidos. Ouço que foi um erro a transparência do PSD em dizer qual era o seu candidato a Presidente da AR e que a coisa se negoceia nas costas dos eleitores. Ouço que Guilherme Silva é uma grande figura do parlamentarismo português.
Paulo Portas põe o seu partido na linha de fogo: se Fernando Nobre ganhar à "terceira volta" o CDS é derrotado. Se Nobre perder a coisa é bem pior: Portas derrota o Primeiro-Ministro.
Ora Pedro Passos Coelho está no Parlamento a comandar as operações e Paulo Portas está no Parlamento a comandar as contra-operações. Não há disfarce possível. Este é o Primeiro-Ministro que esticou muito duro a corda com Sócrates depois de ter sido mal tratado em privado. Derrotado, Passos Coelho vai ter de demonstrar que ele é que manda.
Paulo Portas desejava que o PS elegesse Nobre. Mais: estava convencido que isso iria acontecer. Neste momento julgo que Paulo Portas pede para ser derrotado...
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