quinta-feira, 12 de maio de 2011

A europa da nossa desconfiança II

Ao estabelecer o precedente dos 3,25% o FMI dá-nos um argumento para exigir à europa, após o 5 de Junho, a descida dos juros para esse nível.

Depois de se ter obtido essa vitória devemos bater à porta de alguns credores, escolhidos a dedo, e renegociar os juros.

Caso a europa recuse renegociar os juros devemos fazer ao contrário: renegociar com alguns credores, nomeadamente franceses e alemães. Credores escolhidos de forma a que os mercados se apercebam de critérios que sejam suficientemente claros para não contaminar o grosso dos empréstimos e o grosso dos credores.

Uma coisa é certa: a >5,5% ou mais é impossível pagar. No fundo a europa está a transferir recursos das nossas familias para credores alemães.

O exemplo, simplificando, é o seguinte:

Um banco alemão emprestou-nos 7 mil milhões a 3,8% há 5 anos. Essa dívida atingiu a maturidade. O BCE / UE emprestam-nos a 5, 7 % 7 mil milhões e esse dinheiro vai direitinho ao tal banco alemão. a diferença de 3,8 para 5,7 é pago pelas nossas famílias e empresas.

Lamento mas não vai dar. Portugal e a Irlanda deviam renegociar juntos. O caso da Grécia tem de estar dependente da confirmação de uma nova política de seriedade por parte desse país.

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