As sondagens do PS aproximam-se do seu máximo.
O BE está na fase final do seu esvaziamento pois o seu discurso progrediu de uma retórica de esquerda anti-sistema e de contestação urbana, para um feixe de soluções neocomunistas que não dizem nada a 2/3 do seu eleitorado.
A aproximação formal ao PC foi o golpe fatal. Dificilmente irão a tempo de retomar a imagem de social-democratas, contestatários e anti-americanos atípicos. São crescentemente vistos como marxistas, estatístas e recicladores de todas as teorias da conspiração.
O seu comportamento face à intervenção do FMI / UE revelou a sua incapacidade de influenciar o curso dos acontecimentos nos próximos 2 (talvez três) anos. Tornados irrelevantes e sem a constituição insular e a estrutura sáurica do PC, ou seja, sensíveis ao mundo serão reduzidos a um grupúsculo de radicais sem energia para viverem em contraciclo.
Sócrates continuará a tentar assustar as pessoas contra Passos poupando transitoriamente Portas (que agradece), repetindo a cassete anti-neoliberal.
Acontece que o memorando matou Sócrates. O memorando pouco se afasta do programa do PSD, e até do CDS, e depois de desdramatizado por Sócrates e Assis (este com a sua teoria da euforia) o discurso do demagogo vai ficar reduzido a fait-divers.
O memorando matou o PEC IV convencendo as pessoas que só peca por tardio.
O memorando é uma crítica brutal a seis anos de governo Sócrates e principalmente a dois anos de delírio. Será difícil ao falso explicar que, por exemplo, a Justiça está de pantanas por causa do chumbo do PEC IV.
A troika deu credibilidade a Passos e a Portas, tratados como iguais ao PS.
O plano ao tentar proteger os mais frágeis vai dar espaço a Nobre e a intervenção deste, apesar de algo imprevisível, pode vir a tornar-se fatal para o PS. Neste momento Sócrates chamar mentiroso a Nobre já não cola pois a mentira é o nome do meio de Sócrates, o falso.
Os branqueadores começam a sentir a pressão dos factos e sente-se que os dois mais eficazes branqueadores - Costa e Assis - perdem folgo. Vitorino, Jorge Coelho e Almeida Santos foram reduzidos à irrelevância. Uma parte da elite perdeu o respeito a Sócrates e começa a querer livrar-se de ser associada ao Falso. Os que se lhe opõem e os que pensam no futuro pós Sócrates começam a ganhar visibilidade. Soares, Teixeira dos Santos, Ana Gomes, Campos e Cunha, Freitas do Amaral, Luis Amado são exemplos de pessoas que pressentem o fim do falso.
Cavaco tem tal aversão pelo Falso que não é de excluir que em caso de maioria CDS / PSD convide Passos para o governo mesmo que o PS fosse o partido mais votado.
Medina Carreira, Henrique Neto e principalmente AntónioBarreto colherão os frutos da sua coragem.
Só Júdice, a rolha dourada, o advogado oficial do regime, o brilhantina dos poderosos tem um futuro imprevisível. A sua capacidade de flutuação não deve ser substimada.
Assinado o memorando vai começar a verdadeira campanha eleitoral e Sócrates não sobreviverá.
Sem comentários:
Enviar um comentário